Azores Adventures – Futurismo

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História do Whale Watching nos Açores

Já lá vão anos, felizmente, que só existia uma fonte de riqueza nos Açores. Na altura da baleação, a população local precisava de encontrar recursos capazes de melhorar as condições de vida. Foi a oportunidade americana: a caça às baleias. As águas à volta das nossas ilhas são ricas em baleias, e, na altura, os açorianos não pensaram duas vezes para aproveitar essa riqueza natural e tirar grande proveito dela. Mas os tempos mudaram há muito. E não queremos outra coisa senão observar e proteger estes animais magníficos. Saiba mais sobre a história da caça à baleia nos Açores.

Enquanto outros países continuam a caçar baleias para o seu próprio lucro económico, nós, açorianos, não poderíamos estar mais orgulhosos de ter posto um fim a esta triste tradição. No entanto, a nossa História é importante para nós. Mostra quem somos, como sobrevivemos e não é para cair no esquecimento. Ainda hoje, nos Açores, baleeiros são homenageados. Criam-se documentários, melhoram-se monumentos históricos, museus e outros locais relacionados com a história da caça às baleias. É importante reter na memória as antigas tradições de sobrevivência, mesmo que nos alegremos todos os dias por apenas contemplar baleias em paz, felizes no ambiente natural, sem a constante ameaça de serem arremessadas com arpões, para proveito de carne, ossos e óleos para fins comerciais.

Como tudo começou?

A caça às baleias, principalmente a caça do cachalote começou no arquipélago dos Açores no século XVIII, quando baleeiros americanos descobriram que as nossas águas estavam cheias de baleias. Na verdade, as nossas ilhas são o melhor destino na Europa para ver baleias e golfinhos. Temos muitas espécies migratórias a passar por aqui, e quatro espécies de cetáceos residentes. O cachalote é a espécie icónica dos Açores. É possível encontrar cachalotes durante todo o ano. Na verdade, das 81 espécies diferentes de cetáceos que existem no mundo, nos Açores já foram identificadas 28. Outra razão pela qual os Açores foram considerados o local de excelência durante a caça à baleia americana, foi a sua localização perfeita para o abastecimento de barcos enquanto navegavam pelo Atlântico, entre a América e a Europa.

No início, muitos açorianos serviam-se de barcos americanos para caçar baleias. A presença das embarcações americanas nos Açores aumentou por volta do ano de 1812 e o final da guerra civil dos Estados Unidos (1861-1865). Nesta altura, muitos açorianos emigraram, sem data de regresso, para a costa leste dos Estados Unidos, que acabou por ser um grande destino da emigração açoriana durante várias décadas. A caça à baleia representava uma grande oportunidade de trabalho e, os açorianos foram aprendendo a dominar as aptidões necessárias para a caça de cachalotes. E foi precisamente em 1864 que muitos açorianos regressaram então às suas ilhas, para aplicar as técnicas que os americanos lhes tinham ensinado.

Técnicas da caça à baleia

Durante o século XIX, os ilhéus adaptaram e desenvolveram as técnicas americanas que melhor se enquadravam às condições das ilhas dos Açores. Por exemplo, antes de irem para o mar, localizavam as baleias a partir de miradouros em terra, conhecidos como vigias. Uma técnica adaptada à observação de cetáceos na Futurismo, com equipamentos mais modernos. Agora, os vigias têm binóculos potentes e, em vez de foguetes e sinais de fumo para indicar a presença de baleias, é usada comunicação via rádio para orientar os nossos barcos.

As viagens no mar eram perigosas, os combates com as baleias podiam resultar em afogamento, devido não só pelas más condições do mar, mas também pela luta por um animal tão grande e pesado. Os barcos eram pequenos e frágeis, como canoas, e sem motores no início. A perseguição às baleias podia demorar horas ou mesmo dias. Quando finalmente se aproximavam dos animais, os baleeiros lançavam os arpões para tentar furar os pulmões, que por sua vez, se enchiam de água e, assim, a baleia não resistia. O transporte da baleia era facilitado se o animal estivesse já morto. Em seguida, em terra, as baleias eram abertas para iniciar o processo de desmancho, para derreter a carne e aproveitar todas as partes do corpo do cachalote.

O que acontecia às baleias?

Os homens açorianos que, no início da época da caça às baleias, embarcaram em barcos americanos, eram na sua maioria muito jovens, menores de idade. Aprenderam a caçar, e não só. Perceberam também como deviam aplicar as técnicas e métodos para derreter a carne que se transformava em óleo, e como retiravam o espermacete da cabeça do cachalote, substância valiosa e muito usada na indústria dos cosméticos.

O óleo dos cachalotes era usado principalmente como combustível para iluminação, lubrificante para vários tipos de máquinas, antioxidante e produção de sabão e detergentes. O espermacete era vendido para produtos cosméticos e farmacêuticos, enquanto que a carne servia para ração animal e os ossos para fertilizantes. O óleo do fígado da baleia era usado para vitaminas. Foi em grande parte enviado para os Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. O âmbar-cinza (vendido a um preço alto) era uma substância muito valiosa para a indústria de perfumes, e o osso da mandíbula e os dentes eram usados para arte baleeira. Ainda hoje é possível encontrar esta arte nas ilhas, por exemplo, em diferentes museus. Algumas lojas vendem esta arte antiga feita com ossos de baleia. Do cachalote, quase tudo era aproveitado.

O fim da caça às baleias

Começou a haver uma grande preocupação com as populações de baleias em todo o mundo. Algumas espécies de tanto serem caçadas, estavam perto da extinção, e ainda hoje, infelizmente, enfrentam grandes ameaças. Nos Açores, o pico da caça às baleias foi de 1896 a 1949, com cerca de 12 000 baleias mortas. Após este período, a caça à baleia começou a diminuir no arquipélago por diversos motivos, tais como:

Portugal foi um dos primeiros países a acabar com esta prática bárbara. A indústria baleeira foi finalmente encerrada na década de 1980. No entanto, as tradições e a herança deste período são mantidas vivas. Antigos barcos baleeiros são usados em regatas, e foram criados museus como o Museu dos Baleeiros, na ilha do Pico, ou também a Fábrica da Baleia na ilha do Faial. O impacto económico desta atividade foi grande, principalmente para o Pico, onde a caça à baleia faz parte de uma grande parte da cultura da população. Foi lá que foi morto o último cachalote, em 1987, quando a caça à baleia já era proibida pela Comissão Baleeira Internacional.

Hoje, a observação de cetáceos é a atividade sustentável que atrai viajantes de todo o mundo, e que contribui para a economia local com milhões de euros todos os anos.

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